"Nenhum homem acredita piamente em nenhum outro homem.
Pode-se acreditar piamente numa ideia, mas não num homem.
No mais alto grau de confiança que ele pode despertar, haverá sempre o aroma da dúvida – uma sensação meio instintiva e meio lógica de que, no fim das contas, sempre se tem um ás escondido na manga.
Esta dúvida, como parece óbvio, é sempre mais do que justificada, porque ainda não nasceu o homem merecedor de confiança ilimitada – a sua traição, no máximo, espera apenas por uma tentação suficiente.
O problema do mundo não é o de que os homens sejam muito suspeitos neste sentido, mas o de que tendem a ser confiantes demais – e de que ainda confiam demais em outros homens, mesmo depois de amargas experiências."
Henry Mencken, en 'O Livro dos Insultos (1920)
Um post com citações filosóficas, de livros estranhos que leio antes de dormir quando estou com raiva.
Pensadores da era mesozóica que já passavam por tudo que estamos passando, claro, com a dramaticidade à flor da pele.
Um post visceral, daqueles de abrir a bunda pra querer morrer do avesso.
Hahahahaha, editei =P
É muito mais fácil ver a desconfiança de meia hora do que a confiança de anos.
Um quadrilátero... confiar, duvidar, perguntar e acreditar.
Ou não.
Orgulho ferido, sensação de confiança quebrada.
Ainda não sei, talvez por não pensar nesse assunto com tanto empenho outras vezes, de quem é a confiança.
De quem confia ou de quem é confiado.
Exigimos que se honre a nossa confiança, por outro lado, nunca deveríamos irritar-nos com a desconfiança, se não somos postos à prova, nada temos a mostrar e conquistar quem um dia desconfiou de nós.
Parece complexo, até que nos deparamos com tudo isso, e vemos que foi apenas um contratempo do dia-a-dia...
Eu vou tomar meu remédio, rs mas eu volto.
Da série, quando a vida muda eu escrevo. Escrevendo pra quem não lê, desde 2006. Cheguei aos quarenta e cinco, dos trinta onde comecei. Mudando o enredo, pra não seguir a rima Um copo de vinho e uma rufles meio murcha, cachorro deitado no meu pé, gata querendo dividir comigo o teclado e filha deitada no quarto . Assim é estruturada minha nova rotina familiar. Olho acima da tela, vejo flores no aparador. As comprei hoje a tarde. Olho os livros na estante, os mesmos, do decorrer da vida. Olho as plantas em cima do armário. Verdes, mas tão verdes, que me orgulho do meu trabalho. Me tornei uma exímia cuidadora de plantas. Correndo os olhos pela sala, vejo um quadro do Neruda, tão sonhado, exatamente onde imaginei E ao seu lado, Sidharta, o Buda, exatamente onde o deixei. Os ouvidos, ouvem a tv, num jornal, bem baixinho E se fizer força, lá fora, o barulho do mar. Alguns barulhos, na casa do vizinho Quase a silenciar. Em pouco tempo, troco todos os sons, pelos do teclado Em uma noite comemo
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