"Amar é como pegar uma arma e declarar:
Tome. Só você pode me machucar."
Nas andanças pela net, li essa frase e não consegui parar de pensar...
Fiquei pensando nas pessoas que pedem : vai, atira!!
E continuam suas vidas, como se aquilo tudo fosse a coisa mais natural do mundo.
Tudo bem, tudo bem, quase ninguém
- sem tendências masoquistas -
pede conscientemente, mas todo mundo se arrisca, todo mundo quer amar, quer ser amado ... é como uma roleta russa.
Reconheço ser um pouco impaciente por uma grande tragédia, confesso que já fui mais, mas... ainda tenho leves tendências pra servir de alvo.
É estranho pensar que algo que sai das nossas mãos acaba se voltando contra nós.
Ninguém ama ninguém pra dar errado, nada dá errado sempre, nada dá semi-certo... e também não amamos sem um propósito.
Mas o que tem de alvo móvel por aí não tá escrito!
Não, não estou insegura em relação ao amor, entreguei minhas armas consciente do que quero.ser alvo é uma arte
Passamos anos nos sentindo alvo de quem pegou nossa tralha toda, rs, e deixamos de nos machucar quando percebemos que nosso maior alvo somos nós mesmos.
Eu vou mas eu volto!
Da série, quando a vida muda eu escrevo. Escrevendo pra quem não lê, desde 2006. Cheguei aos quarenta e cinco, dos trinta onde comecei. Mudando o enredo, pra não seguir a rima Um copo de vinho e uma rufles meio murcha, cachorro deitado no meu pé, gata querendo dividir comigo o teclado e filha deitada no quarto . Assim é estruturada minha nova rotina familiar. Olho acima da tela, vejo flores no aparador. As comprei hoje a tarde. Olho os livros na estante, os mesmos, do decorrer da vida. Olho as plantas em cima do armário. Verdes, mas tão verdes, que me orgulho do meu trabalho. Me tornei uma exímia cuidadora de plantas. Correndo os olhos pela sala, vejo um quadro do Neruda, tão sonhado, exatamente onde imaginei E ao seu lado, Sidharta, o Buda, exatamente onde o deixei. Os ouvidos, ouvem a tv, num jornal, bem baixinho E se fizer força, lá fora, o barulho do mar. Alguns barulhos, na casa do vizinho Quase a silenciar. Em pouco tempo, troco todos os sons, pelos do teclado Em uma noite comemo
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