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Querido papai Noel...
Eu fui uma menina boazinha e me comportei bem esse ano.
Tá... tudo bem, eu to mentindo.
Eu fui uma menina boazinha e não me comportei esse ano.
Ou me comportei e não fui tão boazinha?
Ou fui mais boazinha do que deveria ser e não me comportei tanto quanto devia?
Ou até que me comportei bem, sendo que podia ser pior e nem deveria ter sido tão boazinha assim??
Enfim... o fato é que pra acabar o ano falta pouco, e eu não me arrependi de nada que fiz.
Se fui boazinha ou não, se me comportei ou não, o que importa é que não deixei de ser eu mesma até nas cagadas.
Esse com certeza foi meu melhor presente.
Ri, chorei, chorei de rir, senti raiva, medo, insegurança, ganhei, perdi, recuperei, caí, levantei... vivi!
E acima de tudo, fui muito feliz.
É, papai Noel... as cartinhas de natal já não são as mesmas...
Mas fico feliz por saber que, quando a gente cresce, pode continuar escrevendo e pedindo o que quer porque a gente sempre ganha.
Saber que o presente não vem todo de uma vez e sim em 365 parcelas pra usar um pouquinho todo dia até o próximo natal.
Nem sempre vem da forma que esperamos, ou em forma de presente... mas daí, cabe a cada um saber escolher a forma que quer viver a vida, e usar o que ganhou.

Valeu aí papai Noel, o senhor é um velhinho muito foda!
Vem e volta todo ano... que nem eu, né?

Beijos e um feliz natal.


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