
Foram tantas coisas vistas esses dias, tantos pensamentos pra por aqui... Tudo derrubado por uma gripe. Teoricamente, dia de ficar gripada seria assim... Não é dia arrumar o guarda-roupa, não é dia de pensar na sua existência, não se pode trabalhar e ler só mal e porcamente. Dia de ficar gripada é pra ficar deitada, é pra tomar remédio, é pra morrer de tédio e andar pela casa de meia e sem sutiã ouvindo Billie Holiday até dormir. A vasta programação desse dia seria tomar remédio tal a tal hora, tomar xarope tal a tal hora, tomar banho, talvez – vem sempre aquele papo que lavar o cabelo faz mal, sair faz mal, tudo faz mal. A verdade é que depois de todas as prescrições maternas você quer mesmo é morrer. Depois de um dificílimo trabalho de parto (dor no corpo como eu nunca tive na vida) e de um pouco de febre, seguidos de tosse, dor de garganta, nariz escorrendo e uma viagem de volta com 2 horas de congestionamento, eis que ainda vivo e trabalho, com a ligeira sensação de morta viva. Ah....