Tá chegando!! Caderno de desenho novo, pra rabiscar, desenhar, pintar, apagar o que for preciso... Cheiro de lápis de cor e cabeça cheia de idéias. Muita imaginação a todos! Eu vou mas eu volto!
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E então, o que eu mais temia aconteceu. Não foi o primeiro tombo de bicicleta ou a primeira briga com a melhor amiga. Não foi a pior nota na escola ou a primeira mentira deslavada. Também não foi o primeiro amor não correspondido, foi o contrário disso... O amor que virou desamor, em tão pouco tempo, em tão longo tempo, nas horas incontáveis de sua adolescência. A dor de um dia que parece não passar, o frio na barriga, suor na mão, disparo no coração. As borboletas deixam a harmonia de lado e passam a bater suas asas descompassadamento no estômago. As lágrimas teimosas, a cada música romântica tocada no rádio, a cada cena na televisão, ou até mesmo no livro da prova de português, consegue ser romântico a ponto de ser detestável. Maldito telefone que toca. Maldito telefone que não toca. Malditas benditas pessoas que amam e querem confortar o que não tem conforto. Acaba o chão, acaba a reação, acaba com o coração. E o que eu mais temia, agora me consome como há anos atr...
Volto, depois de alguns anos e encontro alguns rascunhos empoeirados. Entendo que, qualquer coisa que se dê início é mais fácil que um remendo. Mas, movida a apegos peculiares, pego a planta baixa pra começar a reforma. Uma única estrutura arquitetônica, para moradias distintas num mesmo endereço, separadas por alguns anos - e uns fios de cabelo brancos a mais, que disfarço melhor que meu humor. ... Eu, que tenho por hábito ouvir podcasts de crimes, sempre me pego pensando no crime perfeito. Seria aquele que não deixa rastros? Aquele cujo assassino é cirúrgico? Ou aquele que nunca é descoberto? Talvez o crime perfeito seja cometido por uma pessoa comum, sem sociopatias, que tenha o controle emocional de esquecê-lo na sequência. Resultado de pequenas mortes que nos fortalecem.como um centauro - o instinto animal em junção à inteligência humana, numa metáfora das ações dos homens numa situação de perda de controle. No curso da vida, em vários momentos, todos morremos e de modo paradoxal,...
Da série, quando a vida muda eu escrevo. Escrevendo pra quem não lê, desde 2006. Cheguei aos quarenta e cinco, dos trinta onde comecei. Mudando o enredo, pra não seguir a rima Um copo de vinho e uma rufles meio murcha, cachorro deitado no meu pé, gata querendo dividir comigo o teclado e filha deitada no quarto . Assim é estruturada minha nova rotina familiar. Olho acima da tela, vejo flores no aparador. As comprei hoje a tarde. Olho os livros na estante, os mesmos, do decorrer da vida. Olho as plantas em cima do armário. Verdes, mas tão verdes, que me orgulho do meu trabalho. Me tornei uma exímia cuidadora de plantas. Correndo os olhos pela sala, vejo um quadro do Neruda, tão sonhado, exatamente onde imaginei E ao seu lado, Sidharta, o Buda, exatamente onde o deixei. Os ouvidos, ouvem a tv, num jornal, bem baixinho E se fizer força, lá fora, o barulho do mar. Alguns barulhos, na casa do vizinho Quase a silenciar. Em pouco tempo, troco todos os sons, pelos do teclado Em uma noite comemo...
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